São Paulo – Com a taxa básica de juros Selic sofrendo cortes recorrentes desde meados de 2019, os investimentos em ações passam a ser uma opção para quem busca maiores ganhos longe da renda fixa. No entanto, essa modalidade de investimento requer conhecimento sobre o mercado e acompanhamento do noticiário a respeito das empresas que compõem a sua carteira – algo que toma tempo. Nesse contexto, a startup brasileira chamada TradeMachine, que automatiza investimentos na bolsa de valores com algoritmos baseados em estatísticas do mercado, recebe um aporte de 2,2 milhões de reais da Energhias, uma nova empresa de participações societárias focada em empreendimentos inovadores. O aporte é noticiado em primeira mão por EXAME.
Com foco na expansão, com captação de novos usuários pessoa física e corretoras, o TradeMachine prevê triplicar o valor operado mensalmente, chegando a um montante de 2,5 bilhões até o fim do primeiro semestre de 2020. Em dezembro, a fintech operou 760 milhões de reais.
Com o novo investimento, a TradeMachine visa melhorar a experiência do usuário em sua plataforma. A ideia é torná-la amigável para quem nunca investiu na bolsa ou não tem conhecimento a respeito do tema. A plataforma também deve ficar mais veloz para comprar ações no momento certo e aproveitar oportunidades de obtenção de lucros. A startup planeja ainda a criação de um Centro de Ciências Aplicadas em São José dos Campos para atrair talentos e promover o intercâmbio de informações dos pesquisadores da companhia com profissionais de renome da região, que tem o Parque Tecnológico de São José dos Campos, perto das universidades ITA, Unesp, Unifesp, e do complexo de empresas ligadas ao setor aeroespacial, como a Embraer.
O novo aporte será destinado ainda para a evolução dos algoritmos usados para operar na bolsa. Com novas bases de dados, a startup almeja compor carteiras mais diversificadas para os clientes.
Na visão de Rafael Marchesano, presidente do TradeMachine, o modelo de investimento por algoritmo traz oportunidades para pessoas físicas e corretoras, que podem disponibilizar essa modalidade de investimento aos seus clientes.
“As operações automatizadas trazem ao mercado o diferencial de não precisar saber muito sobre o mercado financeiro. Por ser um algoritmo, ele sempre vai buscar e aplicar a estratégia mais adequada diante do contexto do mercado”, diz Marchesano, em entrevista a EXAME.
Fonte: https://exame.com/tecnologia/startup-que-automatiza-investimentos-na-bolsa-capta-r-22-milhoes/